sábado, 24 de setembro de 2011

JURI CONDENA HOMEN QUE MATOU EX MULHER NA FRENTE DA FILHA 9 ANOS

Júri condena homem que matou ex-mulher

As três mulheres e os quatro homens sorteados para compor o conselho de sentença no júri popular na quinta-feira (22/9), no Fórum de Santos, condenaram um comerciante pelo assassinato a tiros da ex-mulher, que era secretária. O juiz Antonio Álvaro Castello fixou a pena em 14 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, sem o direito de apelar em liberdade. O crime aconteceu na frente da filha caçula do casal. No dia sessão, o réu completou 40 anos de idade.
Os jurados acolheram a tese do promotor Octávio Borba de Vasconcellos Filho, para quem o crime foi duplamente qualificado pelo motivo torpe e pelo emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima (pena de 12 a 30 anos). O advogado Eugênio Malavasi, defensor do comerciante, sustentou que houve um homicídio simples, cuja pena varia de 6 a 20 anos de reclusão. Cabe recurso.
O júri teve início às 9h30 e terminou às 19h50. Apenas duas testemunhas – a menina de 10 anos e a mãe da vítima – depuseram em plenário. Ambas foram indicadas pelo representante do Ministério Público. A criança chorou ao lembrar o crime. O comerciante relacionou cinco testemunhas para serem ouvidas no julgamento, mas desistiu de seus depoimentos com a anuência do promotor.
Diversos familiares e amigos da secretária acompanharam a sessão desde o começo. Boa parte deles vestia camiseta branca estampada com a fotografia da vítima e a palavra Justiça. Na frente do Fórum, foram afixados cartazes também com a foto da vítima e frases com o mesmo teor. O julgamento também atraiu desde as primeiras horas o interesse de estudantes de Direito e da comunidade em geral.
A morte da secretária, de 30 anos, ocorreu na noite de 27 de setembro de 2010. Ela chegava de carro ao prédio onde residia, na Avenida Washington Luiz, 245, na Encruzilhada, quando o réu se aproximou correndo armado com um revólver calibre 38. Após quebrar o vidro do motorista, ele disparou pelo menos três vezes contra a ex-mulher, de quem estava separado havia cerca de sete meses. No banco traseiro estava a filha caçula do casal.

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