O advogado criminalista Nélio Andrade, que representa a família da vítima, disse que “é de uma grande irresponsabilidade enviar um repórter para esta guerra urbana, que vivemos no Rio com um equipamento deste tipo. A pessoa está completamente vulnerável com este tipo de equipamento”. O advogado recebeu o colete usado pelo repórter de parentes do jornalista. Ele disse ainda que o colete será entregue à Divisão de Homicídios, encarregada do inquérito.
Segundo o advogado, o colete apresenta sinais de desgaste. Algumas inscrições não podem ser lidas a olho nu, mas é possível verificar que a blindagem é 100% de polietileno. A placa da frente do colete que foi perfurada, apresenta data de 2003. Conforme especificações na parte interna do colete, o equipamento vence em outubro de 2013.
O titular da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, disse que o autor do disparo que matou o cinegrafista pode estar entre os quatro mortos e os 11 suspeitos presos durante a operação na favela. Ele disse que a polícia está examinando as imagens feitas pelo cinegrafista e cedidas pela TV Bandeirantes, que são uma peça importante para identificar o autor do crime. “Acreditamos que as imagens são fundamentais para a identificação do autor do disparo que matou o jornalista”.
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